O relato de Mateus nos mostra que Jesus foi levado até
Pilatos, governador romano, para a confirmação da sentença depois de ter sido
condenado pelos juízes do Sinédrio. Mas Pilatos não viu em Jesus nada que o
condenasse e notou que era um homem de aspecto nobre e de porte digno. E por não
terem nenhuma prova concreta de algum delito cometido por Jesus para que o
governador confirmasse a sentença, apresentaram falsas testemunhas contra Ele. Embora
Pilatos estivesse convencido da inocência de Jesus, sua atitude não foi
suficiente para aplacar a fúria sem limites dos príncipes de Israel. Eles que
armaram um plano cruel e esperam tanto tempo pela oportunidade de condenar o Salvador
não deixariam que fosse solto. Para isso não se importaram nem mesmo em
infringir as próprias leis judaicas que tanto defendiam. Pilatos mesmo tendo
percebido que Jesus não era um criminoso e que a verdadeira motivação dos
acusadores era inveja não queria se indispor com os líderes judeus. Então, o
governante resolveu jogar a decisão para a multidão. E, lavando as mãos, Pilatos
deixou ao povo ensandecido a opção de libertar Jesus ou um dos prisioneiros, o ladrão
Barrabás. Essa era uma prática por ocasião da páscoa. Influenciada pelos príncipes
dos sacerdotes a multidão sentenciou a crucificação de Cristo e escolheu
libertar um notório conhecido malfeitor preso por seus roubos assassinatos e
por liderar revoltas contra o Império Romano. Insuflada por um grupo preparado
pelos príncipes judeus a multidão fez-lhe coro e preferiu condenar Aquele a
quem admirava. Quando agimos sem considerar os verdadeiros motivos e seguimos
as vozes alheias que nos levam a decisões cujas consequências são irreparáveis.
Quando não agimos guiados pelo Espírito Santo corremos o risco de escolher
Barrabás e nos esquecemos Daquele que deu a sua vida pelos nossos pecados como
profetizou Isaías 53:7
“Ele foi
oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao
matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a
boca”.
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