Essa passagem do Evangelho de Mateus nos mostra a
intensa luta que Jesus travava na alma no Jardim do Getsemani. É um dos episódios
mais tristes e ao mesmo tempo mais edificantes que conhecemos. Jesus levou consigo
Pedro, Tiago e João, os mesmos três que tinham estiveram com Ele no monte da
Transfiguração e ali lutou em oração. Ao ler o texto completo percebemos que
Jesus estava agoniado com a perspectiva da morte iminente. Ele poderia
retroceder, mas estava determinado a obedecer e a aceitar o que não podia
compreender, pois a vontade de Deus o chamava de maneira imperiosa a continuar.
Todos enfrentamos situações as quais não compreendemos. Mas é no Getsêmani que
colocamos à prova nossa fé e nossa obediência. Vemos que Jesus, mesmo levando
consigo seus três discípulos prediletos, enfrentava a dor da solidão. Eles enfrentavam
as suas próprias dores e não conseguiram se manter acordados. No nosso
Getsemani pessoal também temos que travar nossas lutas sozinhos, pois há momentos
em que a ajuda fracassa e o consolo desaparece, mas podemos ter a certeza de que
nessa solidão temos a presença do mesmo Deus que nunca abandonou Seu Filho. Seguro
de que não estaria só, terminado o momento de oração e tendo que sair do jardim
para o horror da cruz, Jesus enfrentou seus algozes. É na oração que buscamos forças
para ir à ação. Com Ele aprendemos a ser perseverantes em oração, mesmo quando estivermos
em nosso Getsemani particular, quando tudo parece desmoronar, quando nos
sentirmos sozinhos e desamparados. Assim como o salmista, devemos clamar:
Ó Senhor,
ouve a minha oração, inclina os ouvidos às minhas súplicas; escuta-me segundo a
tua verdade, e segundo a tua justiça. Salmos 143:1
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