É interessante observar
que nada na Bíblia está ali por acaso, ou é de alguma forma incoerente. Muitas
vezes, além da orientação do Espírito para nos dar sabedoria e discernimento,
falta-nos também o conhecimento histórico para compreender a narrativa à luz da
cultura e da tradição, contextualizando a época em que se passa. A história de
Rute e de seu remidor é uma dessas histórias que não pode ser entendida fora de
um contexto. A Bíblia mostra que Rute acompanhou sua sogra quando ambas viúvas
estavam em situação difícil devido as normas da época. As viúvas sem filhos
estavam fadadas à pobreza se não houvesse pela lei do Levirato quem suscitasse descendência
ao falecido. Assim sogra e nora viúvas sem filhos se encontravam na dependência
de Deus que não lhes faltou. Boaz comprou e restituiu a Noemi e Rute todas as
propriedades que eram de Elimeleque marido de Noemi e não apenas restituiu-lhes
os bens, mas se casou com Rute e a
engravidou, suscitando descendência a Malon, esposo de Rute que havia falecido.
Boaz restituiu a Noemi e a Rute a dignidade e a honra, tirando-as da marginalidade
a qual estavam condenadas. Vemos também que essa atitude de Boaz se remete a
outra história de cumprimento da Lei do Levirato. O filho que Tamar deu a Judá também
se insere neste contexto cultural e está na base da genealogia de Jesus. O Plano
de Deus tem um começo, um contexto e será levado a cabo. É isso que a Bíblia
nos ensina.
Segundo o eterno
propósito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor, Efésios 3:11
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