Quando o sábio nos exorta a não confiar em nosso coração, ele está
nos ensinando a prudência para que as nossas decisões sejam sensatas e não
calcadas em emoções. Em qualquer área de nossas vidas a intempestividade é uma
inimiga implacável. Fazer escolhas sem a devida ponderação, ou baseada em emoções
passageiras é temerário, mas na área sentimental é um risco incalculável. O apóstolo
Paulo nos ensina que o cristão tem liberdade de escolher o que quiser fazer de
sua vida. No entanto, ele precisa agir com prudência sabendo que pode escolher
o que plantar, mas não o que colher. Precisamos entender que nem sempre o que
queremos e podemos fazer é algo conveniente. Nem a pessoa que nos atrai é a
pessoa certa. É preciso sabedoria divina para discernir com quem se relacionar.
A prudência nos ensina a buscar relacionamentos com pessoas que compartilham da
mesma fé e dos mesmos valores morais que nós. Se o nosso coração é enganoso, o
melhor caminho é seguir as orientações do Senhor. Se a Palavra de Deus não é
aceita pela pessoa com quem me relaciono, então essa pessoa não pode ser eleita
por mim como companheira. Se Cristo não pode ser compartilhado ou pelo menos
vivido no ambiente em que estamos, então este não é um lugar conveniente e eu
não deveria estar nele. E essa regra se aplica a todas as áreas de nossas vidas.
Agir com prudência é saber que temos liberdade, mas que devemos usá-la com responsabilidade.
Temos poder de decisão, mas devemos
cuidar para não nos tornarmos escravos das escolhas feitas. Por isso precisamos
de prudência, para saber o que escolher e autocontrole, para não cairmos nas
armadilhas que nos são preparadas. Deus espera autocontrole e responsabilidade dos
seus servos, por isso precisamos nos lembrar das sabias palavras de Paulo:
“todas as coisas me
são lícitas”; “nem todas convêm”; “não me deixarei dominar”. (I Coríntios 6:12).
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