Neste trecho do Evangelho, Mateus narra a história de um milagre, mas sobretudo nos dá uma lição de como devemos agir para receber os milagres que tanto desejamos. Alguns aspectos dessa história precisam ser considerados. Jesus concede àquela mulher cananeia o que ela tão ardentemente desejava: a cura de sua filha. Mas precisamos atentar para o fato de que, antes disso, Jesus ponderou com ela sobre o porquê ela deveria ser atendida em suas súplicas. Com a atitude daquela mulher anônima aprendemos o que a fé autêntica motivada pela simplicidade, oração, adoração, humildade e perseverança pode gerar em nossas vidas. Vemos que a fé se revela na sua simplicidade, na ação e não no conhecimento teórico. Vemos tantas pessoas que sabem muito sobre a Bíblia e de Deus, mas não praticam, não vivem o Evangelho. Limitam-se a interpretar a Bíblia, a histórica ou filosoficamente e não deixam que a letra saia do cérebro e entre no coração. Vemos que a atitude daquela mulher exprimia uma humildade genuína, característica básica dos autênticos filhos de Deus. E Jesus deixou claro que essa atitude foi essencial para que ela recebesse o milagre pretendido. Vemos também que aquela mulher não deixou de orar, não parou de seguir Jesus e de pedir o que necessitava. Mas, vemos que ela andava atrás Daquele que tinha poder para liberar. Não era atrás de qualquer crença ou pessoa. E não podemos deixar de obsevar que ela, não sendo atendida de imediato, não deixou de seguir Jesus, nem de pedir. Quantas vezes nós deixamos de orar porque pensamos que o Senhor está demorando para nos responder, ou deixamos de orar porque não acreditamos que Deus irá nos atender. A mulher Cananeia nos ensina que além da humildade, da confiança precisamos ser persistentes e nunca deixar de adorar, mesmo quando pensamos que Deus está distante.
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