domingo, 12 de agosto de 2012


Porque, quem despreza o dia das coisas pequenas? (Zacarias 4:10 a)

O profeta Zacarias faz uma pergunta que deveria ser motivo de indagação constante de todos aqueles que querem buscar a santificação e almejam o Reino de Deus. A sabedoria popular ensina que ninguém tropeça em uma montanha, mas sim em pequenas pedras.  É por conta dos pequenos descuidos que muitos tropeçam. Isso vale para todas as áreas de nossas vidas. Uma pequena dívida que não é paga pode se tornar impagável. Assim como quem sempre economiza um real pode chegar a ter um milhão. Uma mentira contada com o status de mentirinha pode se avolumar até que se perca o controle de seu enredo. Os chamados pecadinhos inocentes são o estopim para a cauterização da consciência que leva à imersão absoluta no pecado. O nosso grande erro está em subestimar o valor das pequenas coisas. Tanto para o bem, quanto para o mal. Para se chegar ao mais alto, começa-se pelo primeiro, bem abaixo. Para se deixar contaminar pelo vício, basta experimentar a primeira dose. Contudo, a ideia de que temos controle sobre nossos impulsos nos leva a banalizar o erro, a querer viver experiências que podem nos levar a caminhos sem volta. Quem mente uma vez, pode não mentir a segunda. Mas dificilmente quem mente uma terceira vez deixará de repetir a mentira, ou até a criar outras para se desculpar das primeiras. Isso também funciona com quem trai, com quem rouba, com quem mata, com quem não cumpre seus compromisso financeiros ou morais. Acontece que vai se tornando banal e “justificável” dentro da moralidade distorcida de quem prefere encontrar desculpas para seus erros do que se penitenciar, convertendo-se verdadeiramente ao que ensina a palavra de Deus. Não podemos desprezar as coisas pequenas. Não podemos de fazer pequenas coisas, esperando o dia em que poderemos fazer muito. Se devemos um milhão, comecemos a pagar pelo mínimo, mesmo que no momento seja o máximo que podemos fazer. Se queremos ser participantes da Obra de Deus, não esperemos para pregar a multidões, iniciemos com nosso vizinho. Se não podemos construir todo o templo, podemos ao menos catar o papel que está no chão da igreja, arrumar a cadeira que está fora do lugar... Se não temos dinheiro para contribuir com a aquisição de algo para servir a muitos, no mínimo podemos ajudar com parte de nosso tempo, emprestando algum de nossos dons. Não há ninguém que não tenha ao menos um dom, diz a Bíblia. E a sabedoria popular reforça: ninguém é tão pobre que não possa dar e nem tão rico que não possa receber. Quem não tem dinheiro pode emprestar o ouvido. Muitas vezes quem tem abundância material carece de ajuda emocional ou espiritual. O profeta nos ensina a começar pelo mínimo. A dar atenção às pequenas coisas e o autor de Hebreus espera “que cada um de vós mostre o mesmo cuidado até ao fim, para completa certeza da esperança”; Hebreus 6:11.

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