segunda-feira, 18 de outubro de 2010


Se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe pão para comer, e se tiver sede, dá-lhe água para beber; porque assim lhe amontoarás brasas sobre a cabeça, e o Senhor te recompensará. (Provérbios 25: 21-22)


Amado(a), é interessante observar que nestes versículos Salomão ensina que devemos ter uma atitude de compaixão com aquele que necessita e estender-lhe a mão, sem esperar a retribuição dessa pessoa. O sábio explica que a recompensa vem do Senhor e não do homem, que muitas vezes age com orgulho e ingratidão e não trata o outro como foi tratado. São inúmeros os exemplos de pessoas que mudam seu comportamento: quando necessitam são cordatas e humildes, mas quando se julgam por cima, ou acreditam não mais precisar do irmão são arrogantes e ingratos. A Bíblia diz também que conhecemos a árvore pelos seus frutos. E a árvore tem sido usada como metáfora para representar o homem. Isso significa que conhecemos os homens pelos seus testemunhos. Aquele que se compadece e dá, no momento de necessidade do próximo, que olha para o seu irmão com amor de Deus, ainda que receba dele a ingratidão, colhe das mãos de Deus o fruto desse amor. A sua vida prospera, enquanto o tolo, o ingrato, o interesseiro não obtém o mesmo resultado. Sua vida financeira não avança, nada que inicia é concluído com êxito, seus relacionamentos são deteriorados, porque não são cultivados no mesmo espírito. Não é raro perceber que essas pessoas estão sempre voltando ao lugar de origem, sem testemunhos de bênçãos, porque o bem que lhe fizeram foram por elas mesmas convertidas em mal. Isso são as brasas amontoadas sobre suas cabeças. Ao passo que, quando são gratas e retribuem o bem que lhe fizeram, pode-se observar total crescimento em todas as áreas de sua vida.
Observe um homem que não prospera e que está sempre sendo ajudado para sair do mesmo lugar e repare como tem sido sua vida. Não será surpresa constatar que ele não tem amigos, ou que seus amigos são apenas os de ocasião. Mas olhe agora para um homem que teve a mão estendida de um irmão a seu favor e agiu com gratidão. Esse chamou a si o cumprimento das promessas de Deus e pode testemunhar vitórias.
Aqui, há uma grande mensagem de esperança para você e para mim: Não importa quem você é, por onde andou, quando caiu nem de que maneira pode estar neste momento; não importa quão amarrado você possa estar a costumes, vícios e hábitos dos quais não pode se libertar
Amigo, isto talvez seja o mais trágico do pecado. O pecado cria desconfiança entre os seres humanos; cria barreiras intransponíveis; abre brechas entre marido e mulher; cria limites entre pais e filhos. O pecado abre distância entre os membros de uma mesma igreja; abre feridas que depois não se fecham; causa traumas que o tempo não é capaz de apagar. Porém, talvez o mais terrível do pecado seja mesmo a dolorosa experiência de nos afastar, de nos separar, de nos isolar do mundo.
Quando você era criança e fazia algo de errado, a primeira coisa que vinha à sua mente era se esconder, não era? Pois é. O pecado nos faz esconder, nos faz partir para longe. Ele nos separa de Deus criando uma barreira entre o Pai e nós.
Nós adultos, quando cometemos algo de errado contra uma pessoa, temos medo de nos encontrar com ela e se por acaso a encontramos, temos vergonha de olhar em seus olhos.
O pecado separa as pessoas, as famílias, os irmãos, os amigos. Talvez você já tenha sido traído por um amigo em quem confiava. Talvez já tenha sido traído pelo seu cônjuge; pelo pai ou pelo filho; ou até mesmo por um pastor ou ancião da sua igreja, e entende perfeitamente o que falo. Isto é o que o pecado nos traz. Porém, o pior de tudo é que o pecado nos separa de Deus.
O pecado nos separa de Deus, mas não separa Deus de nós. Quando Jesus veio a este mundo, as pessoas não conseguiam entender isto, e confundiam o pecado com o pecador. Quando um homem cometia um pecado, ele era rejeitado e desprezado. Ninguém mais se relacionava com esse homem. Viveu entre pecadores e morreu entre pecadores. Ele tinha vindo a este mundo para dar esperança aos homens sem esperança. Eles eram o motivo de Sua vida.
Salomão nos mostra em Provérbios 16: 18 que “a soberba precede a destruição, e a altivez do espírito precede a queda”. A Bíblia está repleta de exemplos dessa natureza e é retratada como um dos piores pecados bíblicos. Lucas narra o episódio em que Jesus cura dez leprosos, mas somente um voltou para agradecer. Infelizmente, isso também tem acontecido em nossas igrejas. Muitos são os que procuram os pastores para pedir oração para se libertarem suas dores e depressões e até mesmo para resolverem suas vidas financeiras, mas quando se julgam firmes ou libertos procuram outras igrejas, juntam-se com outras rodas de amigos e sequer voltam para agradecer. E muitos são os que murmuram e reclamam, quando não ouvem ou não recebem o que esperavam. E os exemplos nos mostram que, quem é ingrato com o irmão, não age de forma diferente com Deus.
Amado(a), os ingratos, acabarão mais cedo ou mais tarde defrontando-se com a própria consciência e colherão o resultados das brasas amontoadas em suas cabeças. Mas a boa notícia é que há cura para a ingratidão: basta deixar o orgulho de lado e reconhecer que Deus está no controle e que Ele usa o irmão para abençoar. Se a benção foi transformada em maldição, saiba que essa é uma escolha pessoal, não de Deus. "Os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que te propus a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência". (Deuteronômio 30.19)
Graça e Paz!

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