sábado, 13 de junho de 2009

“Quantas vezes o provocaram no deserto, e o entristeceram na solidão!” (Salmos 78:40).”



Amado(a), nossos relacionamento talvez sejam a arena mais rica para nos ensinar sobre a vida. Mas é precisamente nas dificuldades que podemos aprender muito sobre nós mesmos.
Todos os nossos conflitos, angústias, frustrações e dificuldades em nossos relacionamentos, infalivelmente se referem a três pontos básicos na área emocional e espiritual: a vergonha, o choque e o abandono. E cada um deles tem sua origem em um trauma de um tipo ou outro em nossa infância, ou adolescência
A vergonha, que equivale a um senso de deficiência profundamente assentado em nós, muitas vezes nos intimida, ou nos impulsiona a situações de isolamento.
O choque é nossa resposta aos traumas que por sua vez nos remete ao sentimento de abandono, a privação e o nosso senso profundo de solidão interna.
E essa solidão nos torna vulneráveis e, não raras vezes nos leva a relacionamentos egoístas e distorcidos. Quando estamos sós, nos sentimos excluídos. Não recebemos cuidado nem carinho e então precisamos de um amigo.
Mas a combinação desses sentimentos ancorados em nós nos leva a procurar desvios nas relações que cabem a nós definir para nossas vidas. Ainda que repetimos a máxima popular “antes só que mal acompanhado”, nem sempre nos damos conta de que nossa ansiedade na luta contra essa solidão existencial nos leva a estar quase sempre mal acompanhados, quando não conseguimos ficar a sós conosco ou a buscar a companhia do Senhor para nos apontar qual é a melhor companhia. E nesse deserto que entramos, provocamos nossos fantasmas e atraímos as companhias menos recomendadas: justamente as que nos afastam de Deus e nos condenam a uma solidão maior, mesmo que tentemos mostrar ao mundo que não estamos sós.
Devemos também buscar amizades duráveis e sinceras, pois há "amigos" que apenas nos causam mais solidão. E aumentam em nós os sentimento de vergonha, choque e abandono.
Mas nisso tudo há que se tirar um ensinamento: compreender que a solidão é uma estratégia da própria vida para que possamos ter comunhão mais íntima, sólida e profunda com Deus e amor ao próximo como a nós mesmos. E para que possamos refletir sobre quem de fato nos aproxima e quem nos afasta de Deus. O que significa dizer. Quem nos afasta de nós mesmos e nos empurra para o que não queremos. Amado(a), não estamos sós. Há alguém se oferece a nós, em amizade sincera, amor desinteressado, constante e fiel. Esta pessoa é Jesus Cristo. Jesus sabia o que era solidão. Enquanto lutava em oração no Getsêmani, seus discípulos dormiam. Com tristeza, Ele perguntou: "Vocês não puderam vigiar comigo nem por uma hora?" (Mateus 26.40). Jesus sabe tudo a respeito das nossas fraquezas e o que significa ser humano, pois Ele "passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado" (Hebreus 4.15). Então, o que devemos fazer quando estamos nos sentindo sós, desamparados? Procurar Jesus e construir com Ele uma relação de confiança e amor. Ele nos entende e promete nunca nos deixar sozinhos.
"Estar a sós" e "sentir-se só" são coisas diferentes. Ficamos algum tempo a sós, é importante e necessário para que possamos refletir e descansar das pressões da vida, porque é uma oportunidade de construir relacionamentos conosco mesmo. Para, só então, podermos construir um relacionamento sincero e duradouro com uma pessoa quer Deus preparou para nós. E, assim, compreendemos que a solidão não é o que Deus quer para nós, pois Ele faz com que o solitário viva em família.
Graça e Paz!

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