
Amado(a), depois de pedir a Deus para guiar os seus passos, o salmista invoca o Senhor, reconhecendo que Ele é um Deus que quer ouvir. Então, pede ao Pai que incline os Seus ouvidos para escutar as suas palavras. Veja que ele tem consciência de quem é o Deus a quem pede. Mas quantos de nós desatamos a pedir algo, a derramar uma profusão de pedidos sem conhecer verdadeiramente quem é aquele que pode bater o carimbo de deferimento. Muitas vezes agimos como um consumidor ao telefone, ou diante de um balcão. Queremos solicitar algo, mas não sabemos a quem recorrer. Sobre o primeiro que nos atende, derramamos as nossas solicitações. Quantas vezes temos o dissabor de ter nosso pedido ou reclamação passados a tantos e tantos atendentes, a quem temos que repetir a mesma conversa até que, exauridos, desistimos de pedir, pois nosso tempo se esgota e não recebemos a resposta do que queremos. Isso também acontece nas nossas petições, diante de Deus, quando desconhecemos quem é Ele. Tiago diz que pedimos mal, por isso não recebemos. O certo é que, aqueles que têm uma intimidade com Deus, estabelece uma ligação direta com ele, sem passar pelas “burocracias” e desnecessárias repetições. Mas, para isso, é preciso antes de mais nada, reconhecer a soberania de Deus. Numa empresa, quando solicitamos algo, conhecendo quem tem o poder de nos atender de forma mais imediata, não perdemos tempo recorrendo ao subsecretário do assessor do chefe de gabinete do executivo maior. Então, se prostrarmos diante de Deus com a completa compreensão de que somente Ele, o Senhor, é capaz de ouvir e responder nossa oração, certamente seremos atendidos. É importante também saber que não existem atalhos, que Ele é o único caminho, e, assim, render-lhe louvor e adoração. É melhor você se gabar de ser amigo do dono, do que de conhecer o amigo do assessor do dono que poderia lhe abrir as portas àquilo que pleiteia. Renda graças e glorifique a quem é de direito. Lembre-se de João 14:6 “Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai, senão por mim.”
Não podemos duvidar, nossas orações só serão atendidas se tivermos fé genuína e verdadeira. Observe que Davi, no verso seguinte disse: “Faze maravilhosas as tuas beneficências, ó tu que livras aqueles que em ti confiam dos que se levantam contra a tua destra”. O salmista confiava plenamente no livramento, sabendo a quem recorrer. E Jesus nos afirmou em Marcos 9:23: "... Se tu podes crer, tudo é possível ao que crê." Reiterando em Marcos 11:24: "... Por isso vos digo que todas as coisas que pedirdes, orando, crede receber, e tê-las-eis.".
Na carta de Tiago 1:6 nos é dito: “... Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; porque o que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento, e lançada de uma para outra parte.” Portanto, assim como o salmista, podemos ter a perfeita convicção de a quem pedirmos, e de que também receberemos se estivermos seguros de que essa oração é feita segundo a perfeita vontade de Deus, pois nos é garantido em I João 5:14, onde lemos "...E esta é a confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve”. Veja que o modelo de oração do Senhor Jesus confirma isto: "...Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu", conforme mostram Mateus 6:10 e Lucas 11:2. Não somente devemos orar segundo a vontade de Deus, todavia, também devemos estar dentro da vontade de Deus, para que Ele nos ouça e nos atenda, conforme ensina Jesus em Mateus 6:33: “... Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”.
E nosso pedido deve ser feito em nome de Jesus, pois conforme Ele mesmo disse em João 14:13-14: "... E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei.” Não há outro nome com poder semelhante.
Amado(a), por que recorrer ao mordomo se você tem acesso ao Rei?
Há outra condição para que Deus incline a nós os Seus ouvidos: precisamos ser perseverantes. Lembre-se da lição principal da parábola da viúva importuna descrita em Lucas 18:1-7. Mas creia que uma condição essencial para sermos atendidos é, assim como Davi, sabermos quem é o nosso Deus.
Graça e Paz!
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