O salmista se refere ao cativeiro
do povo judeu na Babilônia. Nesse período que durou setenta anos os jovens
foram mortos à espada, as crianças esmagadas sob as pedras, as jovens violentadas
e muitos morreram de fome dentro das muralhas. E os que voltaram, relembrando o
passado, vivem de reminiscências dolorosas e amargas, sem conseguirem apagar de
seu cotidiano as lembranças que um dia os fizeram sofrer. Mesmo com o fim do
cativeiro eles se lembram melancólicos do cerco doloroso quando deixaram de
cantar e com tristeza dependuraram suas harpas. Precisamos refletir sobre esse
episódio e considerar se não estamos trazendo para nossa liberdade em Cristo a
amargura dos tempos da escravidão do pecado. Ainda que em tempos diferentes a
escravidão é a mesma. Os cristãos de hoje precisam ter a convicção de que já saíram
do cativeiro e não devem pendurar suas harpas nos salgueiros, tampouco devem cantar
em louvor da Babilônia. A Bíblia é prodiga em nos estimular a louvar a Deus e a
colocar somente Nele a nossa confiança. Precisamos ter a certeza de que a
última palavra é de Deus e não do carrasco, por isso em vez de melancolia,
devemos dar espaço no nosso coração para canções de glória ao Salvador.
Exultai no Senhor toda a terra; exclamai e alegrai-vos de prazer, e
cantai louvores. Salmos 98:4
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