O Evangelho escrito
por Marcos era direcionado originalmente aos crentes romanos, particularmente
os gentios, para tivessem uma narrativa biográfica de Jesus Cristo como Salvador
do mundo a fim de fortalecer a sua fé diante da perseguição, ensinando-lhes o que
significava ser Seus discípulos. Por essa razão, Marcos enfatiza mais as ações
de Jesus do que Seus ensinamentos. Os fariseus tinham exerciam tão grande
influência que o seu ato lavar das mãos se tornou prática de todos os judeus e
passou a ser uma tradição que com o tempo tornou-se um dogma. Ao ser
questionado pelos fariseus sobre o fato de os discípulos não seguirem a tradição
dos anciãos de lavarem as mãos antes de comerem, Jesus os chamou de hipócritas,
por desejarem parecer o que de fato não eram. Em vez de seguirem os mandamentos
de Deus, esses religiosos se ocupavam de fiscalizar e condenar os que não seguiam
a tradição humana e invalidavam o mandamento de Deus. Quando Jesus explica que
nenhum alimento é impuro, Ele põe de lado a distinção levítica entre o puro e o
imundo e reafirma que o mal que contamina o homem é o que sai de seu interior e
não o que entra pela sua boca. Nada que é físico pode tornar o homem imundo
moral ou espiritualmente. Comer sem lavar as mãos pode causar doenças físicas,
mas não pode produzir impureza espiritual. Tal impureza é interna na origem. O
homem fica impuro pelos pensamentos que se originam no coração e saem na forma
de palavras e atos. Lembrando as palavras do profeta Isaias 29:13, Jesus
repreendeu aqueles que substituem o mandamento de Deus pela tradição dos homens,
como os fariseus que consideravam a tradição oral como superior em autoridade à
lei escrita do Antigo Testamento.
Porque o
Senhor disse: Pois que este povo se aproxima de mim, e com a sua boca, e com os
seus lábios me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim e o seu
temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, em que foi instruído; Isaías
29:13
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