Para não
suceder que, havendo tu comido e fores farto, e havendo edificado boas casas, e
habitando-as, Se eleve o teu coração e te esqueças do SENHOR teu Deus, que te
tirou da terra do Egito, da casa da servidão; Deuteronômio 8:12-14
Moisés exorta o povo de Israel a não se esquecer do Senhor, deixando de guardar
os seus mandamentos, os seus juízos, e os seus estatutos. Observe que o Senhor
falou a Moisés para que entregasse essa palavra ao povo antes de entrar na
Terra Prometida. Assim que eles entrassem, passariam a viver a vida abundante,
e a desfrutar de tudo que Ele preparou. Essas palavras foram proferidas para
que eles não viessem a esquecer de Quem proporcionou aquelas bênçãos, depois de
séculos sendo escravizado por Faraó de quarenta anos andando em círculos pelo
deserto. Esse texto de Moisés é bem oportuno nos dias de hoje. Ele nos alerta a
nos esquecermos Daquele que tem nos abençoado. Faraó representa a escravidão do
mundo. Muitos, depois de libertos da escravidão imposta pelo deus deste século,
depois de vagarem por anos repetindo os mesmos erros, encontram no Senhor a
promessa de uma vida abundante e, assim como o povo que fugiu do Egito, aceitam
seguir em frente, atravessando o mar de problemas em busca da Terra Prometida. Mas
acontece que, como os israelitas, algumas pessoas, quando encontram a fartura,
quando edificam suas casas, pagam suas dívidas, adquirem bem, esquecem-se
Daquele que os livraram da escravidão. Muitos são ingratos e voltam as costas
para o abençoador. É bom lembrar que a palavra de Deus é atual e assim como
ocorreu ao povo de Israel, ocorre também a quem se esquece de onde saiu, de
como saiu e porque saiu. Deus não deu essa palavra à toa. Ele quer prevenir a ingratidão
e impedir que o povo deixe de usufruir as bênçãos da promessa. Não é raro
vermos que pessoas que abençoadas de algum modo, ao agirem de forma ingrata,
deixam de desfrutar o que tanto desejaram e o que seriam bênçãos passam a ser
um peso em suas vidas. Há uma expressão popular que diz que “não devemos cuspir
no prato que comemos” e há uma versão dela que afirma: “pior do que cuspir no
prato que comemos é comer no prato que cuspimos”. Isso nos ensina a sermos
gratos e refletir sobre as consequências de nossas atitudes. Corremos o risco
de ter que voltar ao lugar de onde saímos. Se nossas atitudes forem sensatas,
se formos gratos e sensíveis ao nosso próximo, certamente, colheremos o bem que
plantamos. Mas se agirmos com egoísmo, orgulho e ingratidão, vamos colher as consequências
de nossas atitudes. Portanto, se queremos comer em prato limpo, desfrutando da
fartura prometida, é melhor não cuspirmos nele...
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