E Jacó
deu pão a Esaú e o guisado de lentilhas; e ele comeu, e bebeu, e levantou-se, e
saiu. Assim desprezou Esaú a sua primogenitura. Gênesis 25:34
Neste
trecho, Moisés narra o conhecido episódio protagonizado pelos gêmeos Jacó e
Esaú, quando esse último vendeu ao seu irmão o direito à bênção da
primogenitura. Esse direito era de Esaú,
porque embora tivesse sido gerado junto com Jacó, teve a fortuna de nascer
antes de seu irmão. Mas daí em diante, ambos tiveram as mesmas oportunidades. A grande diferença entre
suas histórias se deu em razão das escolhas que fizeram. Esaú, que, pela tradição,
tinha o direito natural de primogenitura, desprezou a bênção, trocando-a por um
prato de lentilhas. Ele poderia ter optado por conter o desejo de se alimentar
e não barganhar um bem precioso por algo passageiro. Quantas pessoas trocam a
oportunidade de uma vida em abundância por um desejo passageiro e quantas não abrem
mão da vida eterna no Reino de Deus por algo terreno. A Bíblia mostra que satanás
está sempre atento a essas brechas e sempre estará disposto a fazer a troca. Terá sempre à disposição uma oferta que sacia
o desejo imediato, mas que trará sérias consequências na vida daquele que precipita
em aceitar a barganha. Nesse propósito, satanás
se aproveitará de uma necessidade nossa, no caso de Esaú, a fome. Esse momento
da necessidade é sempre oportuno para a tentação. Quantos não se vendem por uma
necessidade imediata: dinheiro, carência
afetiva... Ele se aproveita da possibilidade de uma solução. Para Esaú um prato de lentilhas, mas terá sempre uma
“solução” enganosa para muitos problemas humanos. E essa solução para suprir a
necessidade, sempre envolve a prática do pecado. A tentação de buscar recursos de uma forma
desonesta, tomar dinheiro emprestado e não pagar, roubar ou se apropriar do que
não é devido. Sexo ilícito, corrupção, negócio ilegal... A mesa do inimigo (I
Cor.10.21) contém os “banquetes” que o mundo oferece. A oferta do inimigo
sempre terá um preço. Para Esaú foi o direito de primogenitura. Em geral o
inimigo é hábil no comércio (Ez.28.16,18) e o homem empenha o que tem e o que não
tem para usar agora e pagar depois, assim como o cartão de crédito. Aparentemente
é viável, a tentação é grande, mas o preço é alto demais.
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