Mas o
Senhor disse a Ananias: “Vá! Este homem é meu instrumento escolhido para levar
o meu nome perante os gentios e seus reis, e perante o povo de Israel. (Atos
9:15)
Quando
analisamos a vida dos discípulos, escolhido pelo próprio Senhor Jesus como
Apóstolos, vemos que eles homens simples e imperfeitos e exerciam as mais
modestas profissões. Não havia entre eles nenhuma pessoa em posição de destaque
na sociedade. Dentre os escolhidos para “pescadores de homens”, estava Pedro,
um homem ousado como deve ser um verdadeiro cristão, mas muitas vezes precipitado
em suas palavras, que, agindo por impulso era envergonhado diante de seus
companheiros. Esse mesmo homem de jeito arrogante e precipitado foi incumbido, juntamente com os demais discípulos
a dar seguimento à obra de evangelização do mundo iniciada por Jesus. Entretanto,
lendo os evangelhos observamos que embora Pedro fosse o mais destemido, ele era
também o que mais fraquejava. O mesmo homem que confessou que Jesus era o Cristo,
o Filho de Deus vivo foi o mesmo que o negou no momento mais difícil e crucial
na vida do Messias. Mas observamos também que esse homem duro, arrogante,
precipitado teve seu coração quebrantado, ao lembrar-se das palavras de Jesus, e
se arrependeu de sua atitude covarde. Vemos uma mudança na vida de Pedro que
desencadeou uma revolução também na vida daqueles que foram alcançados por ele
no trabalho de evangelização após essa transformação movida pelo verdadeiro
arrependimento. Pedro aprendeu que a força humana de nada adianta numa batalha
espiritual, e que a prepotência na vida do crente é sinal de que ele ainda não
compreendeu a mensagem do Evangelho. Com a experiência desse discípulo aprendemos
que o único ser capaz de mudar o homem é Deus e que só Ele pode transformar
homens rudes, arrogantes e covardes em verdadeiros discípulos. Somente Deus
pode transformar “pescadores de peixes” em “pescadores de almas”. E assim como
acreditou em um pescador de peixe, rude e ignorante e enxergou nele um pescador
de almas, Deus também vê em nós um discípulo
em potencial, apesar de nossas falhas. Mas para que Deus opere por nosso
intermédio é preciso que nos manifestemos, pois o Senhor nunca obrigou alguém a
segui-lo. Ao reconhecermos que somos pecadores e clamarmos a Deus para que nos
transforme de homens rudes e ignorantes a verdadeiros discípulos, certamente
Ele nos mudará.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Agradecemos o seu comentário!