“Nem se deita vinho novo em odres velhos; aliás rompem-se os odres,
e entorna-se o vinho, e os odres estragam-se; mas deita-se vinho novo em odres
novos, e assim ambos se conservam”. Mateus
9:17
A Bíblia deixa
claro que o cristão deve ter atitudes, não apenas discursos. E isso envolve
ação. Entretanto, Deus está mais interessado em quem somos do que no que
fazemos. Não são as boas obras que nos salvarão. Podemos dar todo nosso
dinheiro aos pobres, contribuir com as missões, servir na obra de alguma forma,
usando os nossos talentos. Mas se ao mesmo tempo estivermos degradando os
nossos companheiros ou esquecendo-nos de atender nossos filhos, alguma coisa
está errada. Caráter é algo que vem do coração, não é fachada para nos mostrar
diante da sociedade ou da igreja. Bom caráter produzirá bom fruto, mas apregoar
boas obras quando o coração não está reto é como pendurar uma fruta de plástico
em uma árvore. Pode parecer bonita, mas não é real. Nós nunca teremos Deus em
nossas vidas por fazer boas obras, mas uma vez que temos Deus em nossas vidas,
então as boas obras serão consequências,
assim como os bons frutos. Há pessoas que “Confessam que conhecem a Deus, mas
negam-no com as obras, sendo abomináveis, e desobedientes, e reprovados para
toda a boa obra”, afirma Tito 1:16. Essa forma hipócrita de se comportar, por
aqueles que se dizem cristãos faz com
que o evangelho de Cristo seja depreciado. Nós podemos até enganar as pessoas,
mas não enganamos a Deus. Quem somos quando estamos sozinhos, quando ninguém
está olhando? Temos orgulho de ser assim, ou precisamos usar máscaras para nos
sentir aceitos? Essas perguntas precisam ser respondidas para nós mesmos, pois
Deus já sabe a resposta, mas se alegra quando reconhecemos nossas fraquezas e
depositamos Nele a confiança de que só Ele é capaz de transformar nosso
caráter. Mas antes precisamos saber que não há mudança sem dor. E o caminho que Deus escolhe para forjar o caráter
de seus filhos algumas vezes é íngreme e
inóspito. Muitas vezes somos provados na fornalha ardente. Temos que ser
quebrados e amassados para nos tornarmos um vaso novo. E Deus quer encher esse
vaso de bênçãos, por isso não pode estar trincado. Com nossa visão humana não
somos capazes de enxergar o que o Senhor tem para nós, mas somos capazes de
perceber, pela ação do Espírito Santo que há algo acontecendo conosco, quando
passamos por lutas, em áreas de nossas vidas, as quais nos levam ao sofrimento.
Chegamos a imaginar que Deus nos abandonou, e que não ouve o nosso clamor. Mas
é nesse momento que Ele trabalha em nós. Não adianta iniciarmos nada novo, se
tivermos velhos comportamentos. Observe o que Jesus ensina em Jesus está
falando que se mantivermos comportamentos movidos pela carne e não pelo
Espírito, nossas decepções serão as mesmas. Nossa vida e nossos comportamentos
serão cíclicos. Seja em que aspecto for: na vida profissional, não adianta
mudar de emprego, se as atitudes em relação ao patrão, aos clientes, aos
colegas permanecem iguais. Na vida pessoal, de nada resolve mudar de
companheiro(a), de namorado(a), se os velhos traumas e atitudes trazidos da
infância ou da adolescência continuarem governando as nossas relações. Na vida
espiritual, também é inócuo mudar de igreja, de doutrina, de pastor, se nossa
conduta com relação à palavra continua a ser de desobediência. Mudamos, quando
queremos mudar e às vezes só fazemos isso depois de sentirmos as perdas e o que
elas representaram depois de nossa teimosia em atribuir a culpa por nossas
falhas sempre aos outros, ou ao esquecimento de Deus.
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