domingo, 6 de maio de 2012





Está aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas que é isto para tantos? (João 6:9)

A passagem da multiplicação dos pães e dos peixes nos leva a uma analogia com toda a história da Igreja e com os propósitos que Deus tem para o Seu povo. Há sempre alguma coisa a ser dada, por alguém, por mínima que seja para que as bênçãos alcance multidões. Alguém tinha apenas cinco pães e dois peixes. Era muito pouco perto da multidão que precisava ser alimentada. Alguém se dispôs a dar o pouco. E, a partir da doação, o pouco se transformou em muito. Mas antes foi preciso que o pouco fosse colocado à disposição ou a serviço de todos. Esse é o princípio da Igreja que não tem sido compreendido na sua verdadeira dimensão. Os dons e bens individuais quando colocados para servir à comunidade são fontes de bênçãos e consequentemente de prosperidade. Infelizmente, o mundo tem dado exemplo contrário. O que seria de todos é usado como benesse e privilégio de poucos. Os que têm muito pouco contribuem e assim resta aos que pouco têm a tarefa de repartir ainda mais o que lhes restou. Contudo, a Bíblia tem nos mostrado diversos exemplos de como o ato de doar é um grande propulsor de bênçãos e que leva não só à prosperidade material tão almejada por tantos, mas também à edificação espiritual da Igreja. Vemos que a multiplicação dos pães e dos peixes foi uma bênção que se iniciou com o ato de desprendimento de um rapaz a partir do qual Jesus abençoou a todos, incluindo o próprio doador: “E, tomando ele os cinco pães e os dois peixes, levantou os olhos ao céu, abençoou e partiu os pães, e deu-os aos seus discípulos para que os pusessem diante deles. E repartiu os dois peixes por todos.” (Marcos 6:41). Esse versículo de Marcos nos ensina claramente os passos das bênçãos. Primeiro foi preciso que alguém se dispusesse a doar o que tinha em mãos. Mas precisamos observar que o que foi doado, antes foi consagrado a Deus e abençoado. Depois disso, foi partido e repartido. Não houve retenção da bênção, mas distribuição, por essa razão o milagre aconteceu. Deus não precisa de nossos bens, mas espera que os coloquemos à disposição partindo e repartindo para que as bênçãos se multipliquem. É possível ver também esse princípio na passagem de Eliseu e a viúva pobre, em 2 Reis 4:2 “E Eliseu lhe disse: Que te hei de fazer? Dize-me que é o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite”. A viúva não tinha muito nas mãos. Apenas uma botija com azeite. Diante da pergunta do profeta, ela ofereceu o que tinha em mãos. É isso que Deus espera de nós. A viúva poderia ter dito que nada tinha, mas ela valorizou o que Deus lhe tinha dado, por menor que parecesse e o pouco que tinha transbordou. Esse princípio continua valendo nos dias de hoje. Com pequenas coisas em mãos, os servos de Deus fazem maravilhas tremendas, desde que sigam os passos da bênção: colocar à serviço de Deus e da comunidade, abençoar, partir e repartir. Mesmo que no pareça pouco, precisamos colocar diante do Senhor o que temos. O mais Ele fará. Davi não tinha mais do que uma funda e algumas pedras, mas colocou o que tinha diante de Deus e com o que pareceria ridículo diante dos homens, venceu o gigante Golias que afrontava o povo de Deus. Gideão não tinha do que uma trombeta e poucos homens destemidos para a batalha, diante de todo o aparato do inimigo, mas colocou o que tinha a serviço do Senhor e conclamou o exército de Israel, para a batalha. Sansão tinha um osso e com ele feriu mais de mil filisteus. (Juízes 15:15). Neemias tinha um copo e com ele, aproximou se do rei e conseguiu permissão para reconstruir Jerusalém. (Neemias 2:1-2). Elias tinha um manto e com ele abriu caminho no rio Jordão. (II Reis 2:8). Barnabé tinha um terreno, que vendeu para ajudar aos pobres. (Atos 4:36). Maria tinha nardo puro e o usou para ungir Jesus. (Marcos 14:13). Esses e outros exemplos nos mostram que sempre há o que ser colocado à disposição do Senhor, para que Ele abençoe e multiplique. O que você tem em mãos hoje para ser colocado diante de Deus?

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