terça-feira, 3 de abril de 2012

Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus. (2 Coríntios 4:4)

A afirmação do apóstolo Paulo neste versículo nos faz refletir sobre um fato que muitas pessoas parecem não observar: o diabo tem poder para cegar as mentes dos incrédulos. Não só dos incrédulos, mas também dos cristãos que dão legalidade a ele e seus demônios, abrindo brechas que permitem a invasão da mente e levam ao pecado. Sabemos que Deus é onisciente, porém o diabo não. A sua estratégia é simples e pode ser desarmada se estivermos com os olhos fixos em Deus, seguindo Seus estatutos. Mas aqueles que se descuidam da palavra de Deus permitem que o diabo descubra seus pontos fracos e ataque exatamente ali para minar as forças e levar ao desvio do alvo. O diabo não é onisciente, mas é observador. Ele não conhece e nem pode se infiltrar na mente das pessoas, mas repara em nossa forma de agir e verifica alguns padrões em nossos comportamentos de acordo com alguns estímulos. Estes estímulos são as setas que ele lança contra nós. A partir daí ele compara nossas reações e observa aquelas as quais não dominamos, ou que nos fragiliza e é ali que ele ataca. Um medo, uma falta de perdão, um comportamento repetitivo, uma fraqueza podem levar à abertura de brechas, se não resitirmos, conforme nos ensina a palavra de Deus e se dermos espaço ao inimigo, deixando que ele cegue nosso entendimento. Paulo já alertava sobre isso, mas ainda hoje vemos pessoas se deixarem cegar por situações que parecem claras aos olhos menos perspicazes. No entanto, compreendendo que a palavra de Deus é discernida espiritualmente, e porque esse entendimento brota pela unção do Espírito Santo, vemos que não é a inteligência que faz com que as pessoas ajam de forma prudente e não caiam nas armadilhas do mundo, mas o coração aberto e pronto para receber a palavra de Deus. Temos a opção de inclinar a nossa mente para as coisas da carne ou para as coisas do Espírito (Romanos 8:5-6) e por essa liberdade temos que tomar a iniciativa de renovar nossa mente. Quantas pessoas se deixam cegar pelo diabo e não percebem que são escravas das próprias escolhas infelizes. Quando Paulo faz essa afirmação, ele está se referindo a pessoas inteligentes, mas que agem como se fossem desprovidas de um mínimo raciocínio. Jovens que parecem não enxergar que os vícios destroem as suas perspectivas de vida, mesmo vendo inúmeros exemplos de outras pessoas, mas se deixam levar pelo desejo de experimentar aquilo que irá destruir sua vida e transformá-los em escravos. Homens que deixam mulheres dignas e companheiras fieis sob o pretexto de buscarem a felicidade fora do lar, não percebem que entregam sua honra a prostitutas ou a mulheres levianas que não sendo capazes de respeitar a si próprias, também não têm a capacidade de respeitá-los. Profissionais que se deixam envolver por promessas de enriquecimento ilícito, mesmo vendo que a riqueza do mundo é efêmera e atrai mais dissabores do que alegrias, estão cegos e não se satisfazem nunca...

Se o diabo pode cegar o entendimento, Deus pode mais e age na vida daqueles que buscam em um mínimo de perspicácia ouvir a Sua voz e buscar o entendimento que leva à transformação da mente. Contudo, o verdadeiro arrependimento e a legítima conversão, estratégias que anulam as ações do inimigo só são possíveis se a humildade estiver adiante daquele que se dispuser à experiência de um novo nascimento, a se tornar uma nova criatura, lavada e remida pelo sangue do Cordeiro de Deus.

Graça e Paz!

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