"Não me instes a que te abandone e deixe de seguir-te. Porque aonde quer que tu fores, irei eu; e onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo será o meu povo, o teu Deus será o meu Deus" (Rute 1:16).
Na História de Rute, vemos a constituição de uma família, na razi de Noemi e Elimeleque, na qual podemos destacar as virtudes da unidade e do amor que rompe as barreiras O apego afetivo que existe entre os seus membros chama-nos a atenção e nos dá exemplo para os dias atuais em que vemos as famílias se dividirem por falta de diálogo, por ciúmes ou por ganância. Mesmo sem a obrigação legal de amparar a sogra, uma vez que estava liberada de acompanhá-la por ser estrangeira, Rute não abandona Noemi e jamais a deixa desamparada. A nora de Noemi se mostra carinhosa, fiel e convicta de sua decisão. O respeito e preocupação com a sogra fizeram diferença na vida de Rute. A história conta que ela mudou a sua sorte, porque foi resgatada por Boaz. Conforme a tradição, para que não houvesse órfãos e viúvas desamparados na sociedade israelita, a instrução de Deus era para que, em caso de morte do marido, o irmão mais velho assumisse a condição de protetor da casa enlutada, tomando a viúva e os filhos ou as filhas órfãos. Isso nos remete à ideia de que o povo de Deus sempre foi estimulado a levar a sério a instituição família.
Deuteronômio 25.5-10 e Gênesis 38.1-30. Vemos que Boaz ouviu falar de Rute e se encantou pela forma como ela tratou sua sogra. Nos dias atuais, as família são formadas de modo intempestivo e muitas vezes inconsequente, porque não se levam em conta os valores morais e as atitudes cristãs, mas a efemeridade da beleza, ou outros atributos perecíveis e que facilmente se deterioram ao menor sinal de crise. Vemos que Rute enfrentou a doença, a morte de seu marido e a extrema pobreza, mas não abandonou os valores e os princípios divinos que aprendeu com sua sogra.
Ela aprendeu a confiar no Deus de sua sogra e Ele passou a ser o seu Deus. Em muitos casos, vemos o contrário, o deus do mundo é que passa a fazer parte das família mal formadas. Uma lição que aprendemos com Rute é que não devemos deixar de confiar no Senhor mesmo que as coisas estejam acontecendo na contra-mão do que esperávamos. A atitude determinada de Rute fez com que ela mudasse o curso de sua vida e que abençoasse a sua sogra. Por outro lado, outra personagem desta história, também nora de Noemi, Órfa, teve a mesma opção: voltar para os seus parentes, ou se manter firme, apesar das circunstâncias momentâneas, ao lado de sua sogra. Ao contrário de Rute, Órfa virou as costas e voltou para onde tinha saído e perdeu a oportunidade de ser resgatada.
O simbolismo desse ato nos faz refletir sobre as oportunidades de escolha que se apresentam todos os dias àqueles que um dia tiveram oportunidade de conhecer o Deus de Israel, como Rute e Orfa, as noras moabitas de Noemi. Muitos são os que conhecem a Deus, mas nos momentos de luta preferem agir como Órfa e voltar as costas para Deus. Vemos nesta história que, ao perseverar no caminho que aprendeu com a sogra, por não deixar os valores e os princípios, Rute mudou a sua história e faz parte da genealogia de Jesus. Em Mateus 1-19: Boaz gerou de Rute a Obede; e Obede gerou a Jessé; E Jessé gerou ao rei Davi; e o rei Davi gerou a Salomão da que foi mulher de Urias. (...)De sorte que todas as gerações, desde Abraão até Davi, são catorze gerações; e desde Davi até a deportação para a babilônia, catorze gerações; e desde a deportação para a babilônia até Cristo, catorze gerações.
A história desta família é a materialização da poesia que está registrada em Habacuque 3:17-18 “Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; Todavia eu me alegrarei no SENHOR; exultarei no Deus da minha salvação”
Graça e Paz!
Vídeo para reflexão: veja um video sobre Rute clicando em:
For.Bibliografia: http://www.icmv. org.br/BibliaOnline.aspx
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