sábado, 16 de abril de 2011

“Porque este Deus é o nosso Deus para sempre; ele será nosso guia até à morte.”(Salmos 48:14).





Amado(a), observe que o salmista fala de uma qualidade de Deus que nós feitos a sua imagem e semelhança ignoramos. Deus é constante. Nós temos sido inconstantes em tudo: nos nossos compromissos, nos nossos relacionamentos com as pessoas e até mesmo com o próprio Deus. Somos como uma folha ao vento. Em uma hora estamos firmes e convictos do que queremos, para, em seguida, desprezar toda nossa convicção.
Diferentemente nós, Deus nos ama incondicionalmente, sem limitações, sem cobranças... Sem dizer-nos que nos trata como O tratamos. Ele simplesmente nos conquista, nos cativa e não nos abandona. Com as pessoas deveria acontecer assim: conquistar e cativar - sem cobranças, sem limitações. A melhor maneira de conquistar e cativar o outro, é ter a coragem de adentrar no mais profundo do seu ser. No entanto, não estamos preparados para isso, por conta de nosso lado obscuro, sombrio, de nossos traumas de infância e adolescência, de nossas culpas escondidas e transferidas aos outros. Queremos ser amados, mas não nos amamos primeiro e cobramos do outro um amor sem restrições. Temos esse lado onde só Deus pode entrar e nos amar, sem se afastar. Quantas vezes quando começamos a aprofundar no outro, percebemos que ele é diferente daquilo que pensamos e nos afastamos, sem dar-lhe tempo de se mostrar integralmente. Nossas relações se deterioram por isso. Mas Deus faz o contrário de nós: Ele fica. Ele não vai embora ao primeiro sinal de insatisfação.
As pessoas muitas vezes só querem ficar com a nossa aparência, nossos momentos estáveis, nosso bom humor, nosso status, e não querem se aprofundar naquilo que somos quando estamos sós e nus diante de Deus. Poucas são as pessoas que têm coragem, disponibilidade, paciência para adentrar no outro, para conhecê-lo verdadeiramente amá-lo como deve ser. Não com esse amor da-me-em-troca, ou “eu te amo até você deixe de atender às minhas expectativas”. Essas pessoas que têm essa coragem, não a tem por si só e sim por Deus. É o Senhor quem os capacita e os inspira a terem essa coragem, disponibilidade e paciência.
Quando não agimos com esse dom de Deus, não temos a coragem de adentrar no outro e deixamos de perceber e compartilhar o que o outro tem de melhor e perdemos a oportunidade de nos conhecermos melhor também. Se temos nossas falhas, mas queremos ser amados com elas, por que temos tanta dificuldade em amar e nos deixar conhecer pelo outro, aceitando-o também? A resposta é porque nos falta trabalhar em nós essa característica de Deus: a constância. Se somos criados, à imagem e semelhança Dele, devemos agir como Ele agiria e deixar fluir em nós essa característica. Não é impossível, mas basta que queiramos ser diferentes dos temos sido. Basta que façamos valer o que nos foi permitido pelo batismo: nascer de novo. E ser como Jesus espera que sejamos: firmes nos nossos propósitos. Conscientes de que precisamos do outro para crescer e, sobretudo, precisamos se humildes para aceitar nossas falhas e nos permitir adentrar no coração do outro, sem cobranças e sem limitações.

Graça e Paz!

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