segunda-feira, 14 de março de 2011


Por isso te digo que os seus muitos pecados lhe são perdoados, porque muito amou; mas aquele a quem pouco é perdoado pouco ama. Lucas 7:47 Amado(a), neste versículo temos duas palavras chaves: amor e perdão. Essas são também as duas palavras básicas do ministério de Jesus. Porque Ele amou o mundo de tal maneira que se fez o cordeiro para que nossos pecados fossem perdoados. Nessas duas palavras temos um ponto importantíssimo para nossa reflexão. O amor é a essência de Deus e nele se resumem os dois mandamentos de Sua Lei e a base de qualquer relacionamento. O Senhor nos ensina a amar a Deus sobre todas e ao próximo como a nós mesmos. Mas para ser saudável, toda relação de amor começa pela auto estima. Quem não se ama, não poderá amar outra pessoa. Auto estima pode ser desenvolvida, assim como a capacidade de amar. Não é a outra pessoa que desperta em nós o amor, mas nós é que temos que nos fazer amoráveis. Quem não aprende consigo mesmo não poderá praticar com os outros. Amar uma pessoa é um envolvimento de corpo e alma e que pressupõe uma atitude de nossa parte. Mas é um processo contínuo e progressivo, que evolui e pode aumentar de intensidade ou desaparecer, por isso depende de como reagimos. Quando deixamos que nossa auto estima seja corroída pelos valores do mundo, o amor passa a ser visto desse modo e o que é ensinado por Deus perde o sentido. O amor na visão de Deus pressupõe aceitação, tolerância, persistência e paciência para ser construído também nas adversidades. O amor nessa perspectiva nos ajuda a lidar com os erros, a recuperar a auto estima e a desmistificar os falsos valores que nos impõem o sucesso como condição para gostarmos de nós mesmos. Não somos nada e Deus nos ama. Somos pecadores e Ele nos perdoou. Por que, então, não aprendemos a nos perdoar, a perdoar o outro e a construir nossas relações calcadas nesse princípio? Quando aceitamos a ideia de desenvolver uma capacidade para tolerar nossos erros percebemos que essa atitude reforça a autoestima, a qual, por sua vez, contribui para aumentar tolerância, gerando um círculo virtuoso que melhora de modo contínuo a relação que temos conosco. Assim agindo, revigoramos o amor próprio. Dentro de uma relação, a tolerância também funciona como estímulo para a evolução. Se somos tolerantes com os erros do outro, o ajudamos a melhorar sua autoestima e isso se reflete na relação. É preciso, porém, distinguir a generosidade do perdão e da tolerância de uma complacência vazia e covarde, que tudo aceita sem nada questionar. Importa separar o joio do trigo, ou seja, o erro repetido e estagnado, do erro cometido em busca do acerto, a partir do qual se desenvolve um processo de crescimento que permite que o amor floresça.

Graça e Paz!

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