
Sobre a preguiça
Amado(a), o sábio faz aqui uma clara advertência ao preguiçoso. É preciso saber que a preguiça não uma questão cultural, um “jeito de ser”, ou temperamento, mas envolve o caráter e a espiritualidade. O preguiçoso encontra desculpas para tudo que o abale de sua acomodação. Entretanto, o preguiçoso é o primeiro a criticar e dizer como as coisas deveriam ser feitas. Não tem iniciativa, contudo espera que o mundo o sirva. Nesse texto, Salomão fala da preguiça de um modo geral, a preguiça latente que paralisa a ação de fazer algo, mas também a preguiça espiritual que impede o crescimento do cristão. Muitos são os que preferem dormir a agir. O sábio exorta-nos a nos levantar desse sono que entorpece a nossa vida espiritual. Tanto no âmbito físico quanto no espiritual, o sono demasiado tem sido a razão de muitos fracassos. Nos relacionamentos, no trabalho, nas atividades da igreja. Por falta de disciplina, o preguiçoso pensa ganhar alguns minutos na cama, mas perde tempo e vida preciosa. Principalmente o tempo de se edificar. Enquanto poderia dedicar momentos para a leitura da palavra, o preguiçoso prefere dormir até que seu corpo fique doído. E não percebe que essa sensação alcança também sua alma. Quando Jesus disse vigiai e orai, Ele deixava claro que antes de orar é preciso vigília. Observe que a vigília só pode acontecer de olhos abertos. Assim, o preguiçoso não vigia. Salomão nos orienta a aprender com as formigas. Elas têm muito a nos ensinar, porque não tendo chefe, têm iniciativa própria; o preguiçoso não. Ele só faz as coisas se tiver alguém olhando.
Nesse sentido o preguiçoso nega a onipresença de Deus porque não considera que os olhos de Deus estão continuamente sobre ele. Na igreja, diante dos irmãos apresentam um ar contristado, em casa, nos seus relacionamentos são sepulcros caiados. O sábio diz que precisamos aprender com as formigas porque elas também são sábias, têm diligência para prover para o futuro. Mas o preguiçoso só pensa no sono presente. Não tem provisão, está sempre em dificuldades financeiras. É preciso também aprender com as formigas, não só a trabalhar, mas a trabalhar em equipe, para se chegar a um alvo comum. Numa colônia de formigas cada uma desempenha um papel específico. Assim também deveria ser na igreja. Cada um deveria contribuir com seu dom. Deixar a preguiça e as desculpas de lado e se envolver na causa do evangelho. Há trabalho para todos e ninguém é pior ou melhor do que o outro.
Comece reparando na vida daquelas pessoas que o cercam, e verá que aquele que mais tem compromissos é o que menos têm desculpas para deixar de fazer uma tarefa e, consequentemente, são os mais abençoados.
Amado(a), observe pessoas na igreja que sejam exemplos no serviço cristão e espelhe-se nelas. Pergunte se precisam de alguma ajuda em suas tarefas. Disponha-se a cooperar. A unidade do corpo de Cristo consiste nisso. Mas seja uma pessoa de compromisso. Faça pouco, mas seja persistente naquilo com o qual se comprometeu. Deus lhe dará forças para concluir o que iniciou. Em geral o preguiçoso apenas inicia projetos, mas não conclui, porque prefere atribuir a responsabilidade aos outros. Ele é apenas uma vítima, nunca o culpado de suas experiências frustradas. Portanto, cuidado, pois a preguiça é pecado! Ela desagrada a Deus e conduz à ruína.
Graça e Paz!
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