Nesse versículo, lemos a exortação
de Deus a Jonas para fazer a obra missionária. Mas a narrativa bíblica nos
mostra que Jonas não entendia como Deus pudesse amar os assírios, um povo cruel
e injusto. Ao contrário, ele esperava que Deus se voltasse contra eles e os
destruísse. Por isso, quando Deus mandou Jonas pregar na capital, Nínive, ele se
recusou a ir, por causa do ódio que sentia pelos assírios. Assim como muitas
pessoas hoje que rejeitam o chamado de Deus porque julgam por seus valores os propósitos
de Deus, Jonas reagia com preconceito e com resistência ao propósito divino de
evangelizar a raça mais cruel do mundo. Assim, compreendemos que a história de
Jonas é uma grande lição e um exemplo claro do inexplicável amor de Deus para
com aqueles que julgamos não merecer a misericórdia. Vemos que o maior pecado
de Jonas não foi a indiferença, não foi a desobediência, mas a falta de
compaixão. Jonas, assim como muitas pessoas, mesmo conhecendo a essência de
Deus, deixava que seus preconceitos determinassem sua atitude e assim procurava
fugir da Missão que Deus lhe havia ordenado. Na atitude de desobediência de
Jonas vemos preconceitos de toda ordem: políticos, raciais, religiosos...
Assim como a Jonas, os
nossos preconceitos nos impedem de sermos úteis a Deus. Eles tiram nossos olhos
do amor e destrói nossa compaixão, encobre nossa visão, e mina a nossa
espiritualidade, fazendo com que nos desviemos da missão que Deus nos confiou. Infelizmente,
existem pessoas que valorizam mais as coisas do que as pessoas. A lição que recebemos
de Jesus aponta-nos o caminho contrário. Nesse Natal, precisamos exercitar o
amor e a compaixão, lembrando que pessoas são para serem amadas e coisas para
serem usadas, diferente do que tem prevalecido no mundo com a inversão de
valores em que pessoas usam pessoas e amam as coisas. Lembremo-nos do que nos
disse o apóstolo em 1 João 4:21
E dele temos este mandamento: que quem ama a Deus, ame também a seu
irmão.
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