Disse-lhe Jesus: Não te hei dito que, se
creres, verás a glória de Deus? João 11:40
O apóstolo João registra uma importe lição de Jesus,
a qual devemos considerar como princípio norteador de bênçãos presentes e
vindouras. Jesus aqui nos fala de algo que sobremaneira agrada a Deus: a fé. A fé é algo paradoxal. Ao mesmo tempo é simples e complexa. Mas ainda que não entendamos
a complexidade desse ato, conforme nos ensina Hebreus 11:6 "sem fé é
impossível agradar a Deus; porque é necessário que aquele que se aproxima de
Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam." Sabemos que aprender a crer não é fácil.
Somos muitas vezes dirigidos pela razão, porque isso torna as coisas muito mais
fáceis. Vivemos o tempo daquilo que podemos ver, que podemos vislumbrar com
nossos sentidos. Vivemos tempos de hedonismo cada vez mais acirrado e isso pressupõe a supremacia dos sentidos, da
pele, do apelo visual. Então, acreditar no que não podemos ver é mais
complicado. Mas se é “a fé é o firme
fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem.",
conforme afirma o autor de Hebreus 11: 1, precisamos crer no que não vemos. É disso
que Jesus fala. Se cremos no que não vemos, compreenderemos que o impossível
para nós é possível para Deus. Aprendemos então a reconhecer o limite do
possível! O limite da fé! João 11: 38-44 narra o episódio da ressurreição de
Lázaro e por ele podemos enxergar esses
limites. Quando Jesus chegou até a casa de seu estimado amigo, ele já estava
morto e aos olhos humanos nada mais havia para ser feito. Vemos naquela família
amada do Senhor o limite do desespero! Ordena que seja tirada a pedra do sepulcro,
mas Marta, irmã do morto enxerga o limite o impossível, pois o corpo já cheirava
mal, porque jazia há quatro dias naquele lugar fúnebre. Depois de glorificar a
Deus, Jesus nos mostra o limite do possível: a pedra que afastava Lázaro da
vida em família. Jesus poderia simplesmente retirá-la com uma palavra, ou com um
levantar de mãos, mas ele não fez desse modo para ensinar àquelas irmãs a nós
que temos a capacidade de resolver os problemas, de superar situações complicadas.
Basta tiramos a pedra. A pedra pode ser nosso orgulho, nossa teimosia, nossa
falta de fé. Se crermos, veremos a glória de Deus, assim como aquelas irmãs. Não
precisamos pedir para Deus aquilo que cabe a nós fazer. Quantas vezes pedimos
para Deus resolver problemas que foram criadas por nós mesmos. Precisamos ter
uma atitude firme, tomarmos uma decisão de vencer o possível, e deixar com Ele apenas
o impossível. Nós podemos tirar a pedra, mas só Ele pode dar a vida. Deus não
vai fazer aquilo que Ele determinou que fizéssemos. Ele pode dar vida nova a um
corpo que já cheira mal, mas nós temos que tomar a atitude de chamar por Jesus
e de permitir que Ele nos conduza para fora do sepulcro. Precisamos ter fé o suficiente para
reconhecermos que Ele nunca chega atrasado, nem se adianta, Ele sempre chega na
hora certa. Não precisamos nos desesperar, pois Ele está no controle.
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