“Mas eras tu, homem meu igual, meu guia e meu íntimo amigo.” (Salmos
55:13)
O salmista lança o seu lamento ao Senhor, quando se sente
traído por um amigo, por aquele em quem e de quem ouviu doces palavras. Ele se
angustia muito mais porque sabe que não era um inimigo, algum estranho que o afrontava,
mas alguém com quem partilhava o pão. Fosse um inimigo teria suportado,
mas reconhecer a traição do amigo era
por demais doloroso até para esse rei guerreiro que enfrentou gigantes. O ser
humano tem a necessidade de confiar em
alguém para se sentir seguro. Por
isso, quando essa segurança é abalada por uma traição o desalento torna-se
maior.
Por conta de nosso coração,
que na maioria das vezes percebe a aparência e não a essência, temos a tendência
de nos enganar no nosso conceito de confiança e fidelidade. Às vezes demoramos
a perceber que as coisas eram claras e que sempre estiveram ali, para quem
quiser ver, mas nossos olhos
insistem em não enxergar. Judas andava com Jesus, comia o pão com o
Senhor e o traiu por algumas moedas. Quantos não trocam a preciosidade de
uma amizade por algumas moedas? Pedro estava
colado com Jesus dizia que o amava e o negou por três vezes aos homens que pregaram Jesus
na cruz. O salmista sofreu com mais intensidade, assim como qualquer um
de nós ao vivenciarmos a traição de um amigo, porque confiava na sua
fidelidade. O inimigo que na
posição de amigo é muito mais perigoso e fere muito
mais, porque usufrui e
abusa da sua posição
para proveito próprio e egoísta. Mas a lição que os
traidores mostrados pela Bíblia nos trazem é a de que por mais que doa ao traído,
como se ressentiu Davi, a consequência da traição é muito mais maléfica ao
traidor. Isso porque Deus sempre sustenta o que é fiel. E aquele que O invoca
será ouvido na sua aflição. Mas o homem que pôs as suas mãos naqueles que têm
paz com ele, que quebrou a sua aliança, certamente, será julgado pelos seus
atos, pois Ele não permitirá que o justo
seja abalado.
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