quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

“Aquele que não dá o seu dinheiro com usura, nem recebe peitas contra o inocente. Quem faz isto nunca será abalado.” (Salmos 15:5)


Emprestar e pedir emprestado

Amado(a), nesse versículo, o salmista se refere a uma das condições para que possamos ser cidadãos do céus: a de não emprestar com usura. A questão que é colocada aqui não é quanto a quem empresta, mas como isso é feito. Muitas vezes, passamos por dificuldades temporárias e somos levados a pedir emprestado a alguém, quando não podemos nos valer das instituições financeiras. Em geral pedimos a quem sabemos que naquele momento está melhores condições do que nós, mas, sobretudo, recorremos a quem sabemos que nos apoiará. Entretanto, essa situação, constrangedora para muitos, pode desencadear um estremecimento nas relações. Se aquele que empresta, reconhece a condição difícil pela qual passa o solicitante e também reconhece o quão difícil é estar do outro lado, certamente vai abrir a bolsa e o coração e como irmão fará o que ensina Moisés no livro de Deuteronômio 23:19 “A teu irmão não emprestarás com juros, nem dinheiro, nem comida, nem qualquer coisa que se empreste com juros”. Todavia se o coração não está nas Leis do Senhor, acontece de se valer dessa situação e agir como usurário. Mas a Lei do Senhor é clara. Em Levítico 25:37 também se lê: “Não lhe darás teu dinheiro com usura, nem darás do teu alimento por interesse”.
De outro lado, aquele que pede, quando movido por um coração orgulhoso, ou sem compromisso, também pode ignorar a dívida, deixando de pagar, evitando aquele que o socorreu no momento em que precisou. O amigo passa a ser um inimigo, como se ajudar fosse uma afronta, não um ato de amor e comunhão. Somos sempre devedores uns dos outros. Por isso não devemos, como ensina Ezequiel 18:17, “Desviar do pobre a sua mão, não receber usura e juros, cumprir os meus juízos, e andar nos meus estatutos, o tal não morrerá pela iniqüidade de seu pai; certamente viverá”. Quando não temos o coração restaurado na presença de Deus, agimos como ímpios.
Emprestar com usura é contra os estatutos de Deus, deixar de ajudar o irmão necessitado também, mas agir com ingratidão, ignorando que esse momento é circunstancial e que qualquer um está sujeito a ele, é sinal de soberba e sabemos que isso não agrada a Deus. Salomão nos adverte em Provérbios 16:18 ”A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda”.
O altivo não prospera em seu caminho, antes, porém, caminha para a queda, mas o coração humilde reconhece que pode precisar do irmão e que de igual forma pode retribuir sem se sentir constrangido a isso, sem que seja colocada como condição. Essa é a diferença entre o que empresta sem pedir penhor e aquele que vive dos frutos do trabalho alheio.


Graça e Paz!

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