No livro de Jonas vemos que a situação do profeta,
idêntica à dos moradores de Nínive, é também semelhante à nossa: somos todos carentes
da misericórdia de Deus. Vemos também que Deus trata Jonas da mesma maneira que
ele queria que os ninivitas fossem tratados, e por isso remove sua graça de
Jonas. Nisso também nos espelhamos, pois somos muito ágeis em julgar o
comportamento alheio, cobrando de Deus juízo e castigo ao tempo em que
justificamos nossas falhas, ainda que elas estejam ancoradas nas mesmas bases
que condenamos nos outros. As nossas vaidades, nosso orgulho e presunção nos
afastam de Deus e nos fazem ir em direção oposta à Sua Vontade. Mas conhecendo
a história desse profeta tido como obstinado e desobediente, podemos refletir
sobre a nossa história e sobre como Deus age com justiça e coerência. Vemos que
tanto o profeta Jonas, quanto Israel e Nínive foram alvos da misericórdia
divina, mas também do Seu tratamento justo. Vemos que Jonas foi chamado para
pregar a Palavra de Deus em Nínive, e o julgamos mal porque a princípio fugiu. Mas
a fuga de Jonas não é diferente da nossa atitude hoje, quando nos recusamos a
ir aonde Deus nos manda e a falar àqueles que carecem de Sua misericórdia,
sendo nós mesmos carentes. Clamamos por
um sinal de Deus, mas esse sinal já nos foi dado, conforme nos mostra o próprio
Jesus em Mateus 12:41
Os ninivitas ressurgirão no juízo com
esta geração, e a condenarão, porque se arrependeram com a pregação de Jonas. E
eis que está aqui quem é maior do que Jonas.
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