sábado, 4 de fevereiro de 2012



“Não tardarás em trazer ofertas do melhor das tuas ceifas e das tuas vinhas. O primogênito de teus filhos me darás” (Exodo 22:29)


Desde o início, Deus instituiu um compromisso de reconhecimento, que se estabelecia com o simbolismo da devolução. Vários personagens bíblicos nos lembram a importância deste ato de entrega e de reconhecimento. Noé ao sair da arca, levou a Deus as suas primícias, Abel agradou a Deus com sua entrega, Abraão entregou seu filho primogênito. Deus, entregou seu filho Primogênito para nossa libertação. Assim, Jesus é a “Primícia de Deus” dada à humanidade como oferta de amor. (1 Co 15:20). Compreendemos com isso que nossos filhos também são primícias que devem ser entregues ao Senhor. E eles serão bençãos depositadas nas mãos de Deus. Nós mesmos somos chamados de “primícias de Deus”, conforme está escrito em Tiago 1:18 “Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como primícias das suas criaturas”.
Historicamente, vemos que a Festa das Primícias era uma das três festas ordenadas por Deus a Israel, que deveriam ser observadas todos os anos (Ex 23.14-16). Nesta festa, cada cidadão de Israel levava diante do Senhor os primeiros frutos de tudo o que possuía. A Bíblia nos mostra que Deus se agrada das primícias, quando elas são verdadeiras, como se agradou daquelas que Abel lhe trouxe, mas não se agradou de Caim (Gênesis 4:3-5), porque ele levou a Deus não os primeiros frutos, mas a sobra. Para sabermos se estamos agrando ao Senhor, precisamos entender o que são primícias. Primícia significa “a qualidade daquilo que é primeiro”: primeiros frutos, primeiro filho, primeira alegria, primeiro filho....
Primícias envolvem prioridade e atende ao princípio de buscar o Reino de Deus em primeiro lugar. Salomão disse em Proverbios 3:9-10 “Honra ao SENHOR com os teus bens, e com a primeira parte de todos os teus ganhos; E se encherão os teus celeiros, e transbordarão de vinho os teus lagares. Honra significa reconhecer pela entrega. Precisamos saber que nossos bens não são apenas para o nosso deleite, ou para suprir as nossas necessidades. Eles devem ser primícias de Deus. Primícias não dizem respeito apenas ao que é fruto material, mas também ao que é espiritual. Nosso tempo e nossa dedicação devem ser dadas a Deus como primícias. Paulo disse em Romanos 11:16 “E, se as primícias são santas, também a massa o é; se a raiz é santa, também os ramos o são”. Se nos preocupamos primeiro com o trabalho, com o lazer, com a sociedade, e damos a Deus a sobra de nosso tempo, estamos agindo como Caim. Deus espera o melhor de nós e nosso tempo deve ser primícia de Deus. Se assim agirmos, certamente, veremos o restante multiplicado. Quando entregamos a Deus as primícias de nosso trabalho, Ele nos abençoa, porque vê nossa fidelidade. Primícia envolve reconhecimento. Quando entregamos as nossas primícias, abrimos um memorial diante de Deus. Estamos reconhecendo quem Ele é e concordando que que Ele é a raiz de nossa existência. Não temos nada nosso, somos apenas dispenseiros do que Ele nos permitiu ter. Deus não apenas protege, como abençoa e multiplica o que é Dele, por isso vemos prosperar o que vem do Senhor. Mas não devemos entregar as primícias como uma transação comercial: dou para ter. Nossa compreensão deve ser exatamente o contrário: tenho, por isso dou. Esse é o princípio verdadeiro. Deus não nos deve nada. Nós, ao contrário, devemos a Deus o reconhecimento sobre tudo aquilo que Ele, amorosamente, coloca ao nosso dispor: nossa vida, nossa família, nossos bens, nosso trabalho...
Somos convocados a entregar ao Senhor as primícias de tudo o que temos recebido, pois foi Ele que nos libertou do cativeiro do pecado e nos leva à Terra prometida.
Graça e Paz! 

Vídeo para reflexão: veja  um clipe de Regis Danese clicando em: http://www.youtube.com/watch?v=qaiLDUKCULo 

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