O livro de Hebreus, cujo autor não é
explicitado, retrata a transição da antiga para a nova aliança e enfatiza o
caráter único da ação redentora do Senhor. Se o seu autor não julgou necessário
registrar a autoria, deixou claro o que era essencial deixar marcado nesta carta:
a majestade da pessoa de Jesus, o Filho de Deus. Ele coloca a obra de Jesus como
o Sumo Sacerdote eterno e misericordioso e fala de como o encontro real e
verdadeiro com Jesus, e como essa experiência pessoal e intransferível deve transformar
aqueles que se movem pela fé. A Bíblia e a História mostram que os hebreus eram
muito apegados aos aspectos visíveis do judaísmo, assim como muitas pessoas
atualmente quando se prendem aos rituais e religiosidades. Não é por acaso que incorporam
muitos objetos à prática religiosa que deveria ser essencialmente espiritual. No
entanto, a mensagem de Hebreus nos faz refletir sobre a necessidade de termos cuidado
em não nos deixarmos levar pelo que é exterior e condicionar a nossa fé a
rituais e dogmas. O livro de Hebreus nos mostra que o antigo modelo do templo
onde eram feitas as expiações pelos pecados por meio do sangue de um animal
puro foi substituído de graça pelo sacrifício do Sumo Sacerdote. O altar de
agora não é mais físico e sim espiritual, santificado pelo sangue de Jesus, instituído Sumo
Sacerdote, não segundo a ordem de Arão, mas segundo a ordem de Melquisedeque, rei
de Salém, gentio e não judeu. O que nos mostra que Deus liga o seu sacerdócio
com um gentio, indicando com isso que o seu ministério estará aberto para todos
os homens.
Jurou o Senhor, e não se arrependerá: tu és um sacerdote eterno,
segundo a ordem de Melquisedeque. Salmos 110:4
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