A Bíblia reiteradas vezes apresenta as
diversas formas pelas quais Deus se revela a nós. Deus falou a Adão no jardim e
a Moisés na sarça ardente. Ele falou a Miquéias sobre Belém, a Isaías sobre o
Calvário e a Joel sobre o Pentecostes. Deus falou de Sua criação, Sua santa
lei, Sua nação escolhida e dos detalhes de Sua aliança com Israel.
Repetidamente, Ele falou de um Salvador por vir, cuja vinda introduziria os
últimos dias e uma nova aliança. O autor de Hebreus afirma que é por meio
de Jesus que Ele se revela atualmente, portanto, se antes pela voz dos profetas
Deus falava aos homens, dando-lhes orientações sobre como agir, hoje, é pelo
testemunho de Jesus que Ele se revela a nós. Mas continua falando em nosso
coração que, se não tivesse sido abafado pelo pecado certamente ouviria o
sermão da natureza que, por si só, já é uma revelação carregada de descrição
sobre o Criador e de testemunhos da criação. Até mesmo a nossa consciência fala
da lei de Deus e do julgamento vindouro. Todas essas formas de revelação podem
ser subjetivas e de difícil registro, pois depende da linguagem humana e nossa
memória limitada e falível, por isso precisávamos de um registro acurado,
completo e permanente. Precisávamos de um livro no qual a revelação bíblica resiste
ao tempo e às mudanças individuais e sociais. A palavra final de Deus veio a
nós por meio de Jesus Cristo. Sua vinda é tão significativa também como forma
de revelação que a Bíblia afirma que “No princípio era o Verbo, e o Verbo
estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus.” (João
1:1-2). É o verbo, a palavra ação. Portanto, não foi por acaso que a vinda de
Jesus dividiu tanto o calendário histórico quanto a nossa Bíblia.
“Então disse: Eis aqui venho;
no rolo do livro de mim está escrito.” (Salmos 40:7)
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