A Bíblia afirma que João Batista aparece unicamente
no deserto, e o simbolismos dessa revelação nos diz muito sobre como devemos compreender
o que o deserto representa em nossas vidas. Há também uma analogia preciosa e
significativa a ser feita: antes de conhecer a terra prometida, os israelitas
tiveram que atravessar o deserto. Antes de conhecermos o novo nascimento, por
intermédio de Jesus, passamos pelo deserto com João Batista. O deserto representa
o ambiente, a solidão, o recomeço, a transição e a chance. O ambiente é o
espaço sem edificação, o terreno seco e árido que há nosso interior. Mas quando
nos aparece João Batista reconhecemos onde estamos e reconhecemos que ali não há
como sobreviver e que precisamos buscar a Fonte Viva para tudo ao nosso redor
frutifique. Na solidão do deserto podemos despertar a consciência de que
precisamos buscar algo além do que enxergamos. Vislumbramos um recomeço, quando
saímos da aparente zona de conforto que antes pensávamos existir. Nesse conflito
entre desconforto e solidão do deserto onde tudo é novo, pois para além do ambiente
familiar tudo é deserto, e nesse espaço é preciso construir. O deserto é o
ponto da transição e da tentação, e o nosso desafio é olhar em frente. Ali está
a chance de mudança, quando olhamos para Cristo e deixamos de lado as areias que
nos cegam os olhos. Aqueles que nos apresentam Jesus e nos faz enxergar o
deserto que vivemos é para nós um Joao Batista como profetiza Isaias 40:3:
Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor;
endireitai no ermo vereda a nosso Deus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Agradecemos o seu comentário!